psiuu...
boa tarde!
que seja doce...
papo reto...
"Tudo o que eu queria te dizer
A gente nasce amando. Acalentados pelo peito da mãe já entende, de cara, que não vai dar pra passar a vida sozinho.
Aí vem a correnteza que nos leva pra amores santos ou para paixões pagãs. Ou os dois.
Bom mesmo que fossem os dois, eu diria em alto e bom tom, se tivesse certeza de que outras pessoas se encorajariam de confessar o mesmo.
A mornice dos relacionamentos faz a confusão. O que era paixão parece que vira amor, que parece que virou pó.
Nada disso.
Paixão que se preza não vira amor. Porque paixão ensurdece a capacidade de avaliação e dói como todo sentimento que te tira os sentidos.
Amor acolhe. Paixão extravasa.
Um é um e outro é outro.
A paixão não quer amor.
E o amor já entendeu que não é paixão.
É a gente que fica querendo turbinar o amor e acalmar a paixão. Deixe-os ser como são.
Ambos vão doer em algum momento.
A difícil tarefa de ser adulto é justamente saber quando desejamos um ou outro.
Temo pelos apaixonados como temo pela criança que sobe numa escada alta. Deseja ver tudo do alto, viver sob outra perspectiva, mas ao subir não fez um plano de rota de descida. E descer dói.
Quando perguntada pelo quê prefiro, respondo sem medo que só prefere o amor quem caiu da escada e viu o peso de cada degrau. A dor é tão intensa quanto a delícia de ter se rebelado contrariamente à mornice dos amores que dão colo.
Se deu flor e, agora, o que fazer com as raízes?
Ora, quando você perde os anéis amputa seus dedos?
Então, que fiquem os dedos, que doa até parar e que você sobreviva com a certeza de que outras histórias virão e você jamais será a mesma pessoa.
E não ser a mesma é o mínimo que a vida espera de você.
Deixe as contas. Elas não fecham mesmo."
Cláudia Dornelles
beijos e carinho, bell
https://www.youtube.com/watch?v=unl8dQY2owU