Portanto, sonhar acordado não é necessariamente um problema, desde que tenhamos um dia a dia plenamente funcional. 95% da população faz isso. Além disso, todos nós criamos fantasias e, ao fantasiar, colocamos em prática inúmeras áreas do cérebro que potencializam a nossa agilidade mental. Assim, estruturas como o córtex pré-frontal, o sistema límbico ou diversas áreas corticais relacionadas com a informação sensorial nos ajudam a refletir sobre certas áreas da nossa vida, alimentar novos projetos e melhorar nosso estado de humor.
São momentos pontuais no dia que agem como um “reset” mental, como um refúgio momentâneo onde conseguimos encontrar o bem-estar. No entanto, o verdadeiro problema chega quando preferimos esses recantos privados à vida real. Na verdade, é importante saber que por trás do transtorno de devaneio excessivo costumam haver outros transtornos subjacentes e associados, como diversos traumas, transtornos obsessivo-compulsivos, conflitos subjacentes…
sintomas:
- Estas pessoas são sonhadores; sonhadores capazes de criar seus próprios personagens para mergulhar em histórias complexas, detalhadas e muito vívidas para eles.
- Essas fantasias interferem em sua vida real. Qualquer estímulo cotidiano pode ser um gatilho para criar uma nova história, uma nova narrativa interna para mergulhar sem perceber que estão fazendo isso nesse instante.
- Negligenciam responsabilidades, incluindo alimentação e higiene.
- Têm dificuldades para dormir à noite.
- Quando sonham acordados, costumam realizar movimentos repetitivos ou estereotipados, incluindo expressões faciais.
- Muitas vezes falam durante essas fantasias privadas ou murmuram em voz baixa, encenando o próprio devaneio.
- Estas fantasias podem durar horas, mas cessá-las e ter que voltar à realidade é motivo de grande ansiedade, semelhante a qualquer vício.