O Mosteiro na margem do Rio Piedra está cercado por uma linda vegetação, verdadeiro oásis nos campos estéreis daquela parte da Espanha.
Ali, o pequeno rio transforma-se numa caudalosa corrente, e se divide em dezenas de cachoeiras.
Quem caminha por aquele lugar escuta a música das águas e encontra, de repente, uma gruta, debaixo de uma das quedas d´água.
Observando cuidadosamente as pedras gastas pelo tempo, as formas que a natureza cria com paciência, vê-se escrito numa placa, os seguintes versos de Rabindranath Tagore:
Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.
Podemos tirar uma lição de extrema profundidade...somente com suavidade, paciência e calma, conseguimos esculpir o nosso íntimo e aprimorar nossa essência, realizando a reforma de nossas almas com o objetivo de encontrar felicidade, de encontrar o equilíbrio.
O martelo que destrói está nas críticas cruéis, nas palavras grosseiras que saem de nossas bocas e ferem a auto-estima das pessoas à nossa volta.
Enquanto a doçura da água está nos conselhos edificantes, na atenção e paciência com que ouvimos a alguém, nas palavras de estímulo, no elogio animador.
O martelo destruidor está no acúmulo da culpa em nosso coração, na auto-exigência desequilibrada, na falta de amor próprio.
O martelo destruidor está no ódio, nas ações que ferem, nas palavras mal-ditas.
A docilidade da água está na compreensão de nossas dificuldades, no auto-perdão, e na disposição constante para corrigir os nossos erros.
A docilidade da água está na vontade de viver e viver bem, de ser saudável, de conviver em harmonia, de relevar situações, da vontade de conviver em clima de paz e amor.
Que a gente sempre lembre da delicadeza da água moldando as rochas através dos tempos...
E que nos inspire sempre as palavras do poeta: “Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.”
A suavidade, a delicadeza, são o amor expresso nas pequenas coisas, nos gestos aparentemente simples, nas palavras que não ferem e nos atos de carinho e amor...
beijos, bell