S@pphire

 
registro: 06/05/2010
Evolua tanto que os outros precisarão conhecer você de novo.
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1 ano 170 dias h

¨¨ O amor é tão lindo e delicado...

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O amor é tão lindo e delicado. Você tem certeza que pode tê-lo sem machucar? 
Toque-o com todo cuidado, alimente-o todos os dias, não o deixe cair no chão, se cair, não pise. Levante-o depressa e o aninhe dentro do seu coração.
Mostre a ele a liberdade, mas não o deixe tão solto por aí, ele é melindroso, dengoso e adora fugir, quando não se sente protegido.
Fale manso com ele, diga o quanto ele é importante e se algum dia, você precisar abrir as portas da alma pra deixá-lo ir, faça sem medo de se arrepender. Porque amor quando vai, não volta e se voltar, certeza que será pra morar num outro alguém. Então, cuide bem.

Ju Fuzetto.

¨¨ Sensibilidade...


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Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Esse jeito de ouvir além dos olhos, de ver além dos ouvidos, de sentir a textura do sentimento alheio tão clara no próprio coração e tantas vezes até doer ou sorrir junto com toda sinceridade. Essa sensação, de vez em quando, de ser estrangeiro e não saber falar o idioma local, de ser meio ET, uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta. Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada. Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói se sentir ferido. Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Essa saudade, que faz a alma marejar, de um lugar que não se sabe onde é, mas que existe, é claro que existe. Essa possibilidade de se experimentar a dor, quando a dor chega, com a mesma verdade com que se experimenta a alegria. Essa incapacidade de não se admirar com o encanto grandioso que também mora na sutileza. Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo.

Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida.

Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim.


__ Ana Jácomo __

¨¨ Quem sou ??


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Um dia, me perguntaram quem sou
De onde vim e pra onde eu vou...
Respondi: Que nem mesmo eu sei
De onde vim, é uma história longa pra contar
Pra onde eu vou, é onde o vento me levar
Tudo que sei, é que fui feita da terra
Do fogo, da água e do ar... sou pura magia
Tenho um brilho especial no meu olhar
Carrego no corpo a suavidade da alma
E muitas cicatrizes que a vida fez... mesmo assim
No peito, tenho um coração que insiste em amar
E nesse perfil incompleto, ainda há muito pra desenhar.

Ruiva

¨¨ Transformei os meus medos...


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"Transformei os meus medos em descobertas.
Traduzi os meus erros e criei a linguagem da experiência.
Compus música com as minhas lágrimas.
Abracei aqueles que amo com as minhas conquistas.
Fiz da estrada da vida a minha morada.
Descobri a transitoriedade das coisas.
Percebi que sou pequena e justamente 
por isso compreendi como sou grande."

Ruiva  Neoqeav

¨¨ Devaneios e quimeras

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Eu quis entender o inexplicável, sentir o que não faz sentido, dando nomes ao que é inominável em mim...
 Descobri que sou feita de ausências, procura, encontros e incertezas.
 Sou as palavras não ditas, a voz que cala quando quer gritar, as alegrias que permanecem além do tempo.
 A despedida não assimilada, a dispensa que me fez forte. Sou a dor do abandono e a paz do encontro. Tudo o que eu quis dizer mas se calou em mim, por medo, prudência ou falta de oportunidade.
 Sou a noite escura quando descobri seu segredo mais velado, a escolha que fiz a partir desse momento; sou a aceitação, a renúncia, a vocação.
 Sou a decisão, nem sempre certa, nem sempre justa, mas que me define enfim.
 Sou aquilo que renunciei, desprezei, omiti. Sou a falta que sinto daquilo que deixei, do que é vivo ainda que esquecido. A última chance, a hora desperdiçada,
 Sou a inconstância, o querer e não querer, o grito contido, o ventre encarcerado pela vida inexplicável que me habita.
 Sou a ferida que causei e que me despedaçou também.
 Sou esperança, fé, sacralidade. Liberdade e cárcere, espírito e carne.
 Desafio o amor, duvido de sua força mas desejo ardentemente que me prove o contrário; que seja, além de tudo, o que me afasta do medo.
 Desafio a morte desejando ser forte. Sou dura quando me sinto frágil e se sondasse meu interior saberia que minha rispidez denuncia minha dor.
 Crio muros intransponíveis para me proteger do amor que sinto porque meu afeto é tanto que te afastaria de mim.
 Sou sensível, doce, delicada; mas pouquíssimas vezes permito revelar-me assim.
 Anseio por amor, alegrias, completude, mas quando obtenho, nunca me basta. Sou mais completa na dor, no caos, na ferida aberta.
 Sou o corte profundo que sangra e dá prazer, a dor aguda que fere e anestesia ao ser lembrada, as noites em claro, a ausência de sentido.
 O olhar adocicado para o passado, o caminho percorrido na distração dos dias, o projeto pessoal realizado.
 O descuido com meus desejos, a vida concretizada através do espelho. O medo de não pertencer; a inquietude de ser ímpar quando desejo ser par; a satisfação de ser sua.
 O choro abafado no travesseiro, a lágrima espontânea enquanto toca "When the stars go blue"; a felicidade palpável que não vai para o álbum de retratos...
 O gosto salgado e agridoce, a pele úmida e o olhar de contemplação, feita de silêncio e sombras, fulgaz, intensa e dúbia.
 Sem argumentos nem defesas, indecifrável.
 Feliz, completa e inteira no meu mistério
 Feita de perguntas, nunca respostas...

Fabíola Simões