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registro: 29/06/2010
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INDEPENDÊNCIA - QUANDO ELA VIRA?

“DIGA AO POVO QUE FICO: INDEPENDÊNCIA OU MORTE”
7 DE SETEMBRO DE 1822: Independência ou Morte: Brasil rompe seus laços com Portugal, importante capítulo da história do Brasil, escrito às Margens do Rio Ipiranga, em São Paulo.

De acordo com a historiografia clássica, foi naquele sete de setembro que o nosso país conquistou a independência política de Portugal, em um momento que ficou marcado pelo "Grito do Ipiranga", proclamado por D. Pedro I. Com as palavras de "Independência ou Morte", decretou o fim do domínio português no território brasileiro. Apesar da autonomia política, o Brasil, contudo, ainda era dependente economicamente de potências como a Inglaterra.

De acordo com a historiografia moderna, este processo de independência teve início em 1808, quando da transferência da corte portuguesa para o Brasil, por conta do avanço das tropas napoleônicas na Península Ibérica.

Além disso, outras revoltas contra o domínio português também marcaram nossa história, mesmo antes da chegada da corte ao Brasil, como foi o caso da Inconfidência Mineira (1789). Entre os fatos mais imediatos que resultaram no Grito do Ipiranga está o "Dia do Fico", ocorrido em 9 de janeiro de 1822, quando D. Pedro I se recusou a cumprir a exigência da corte de Lisboa que determinava seu retorno a Portugal. Este, no entanto, não retornou e proclamou: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico." Pois bem, que fique, que proclame a independência, mas que o nós, provo brasileiro, realmente aprendamos a lutar por nossa independência.
Nossa História está tão recheada de estórias e supostos heróis, que fica difícil saber o que é ficção ou realidade. O episódio da independência mais parece um daqueles velhos contos de “capa e espada”. Trocamos bacalhau por hambúrguer, falamos um português cada vez mais saxão, nossa TV digital é japonesa, nossos computadores são americanos, nossos remédios... Nossos celulares... Nossa Amazônia... Nosso provincianismo...
Algumas privatizações nos fazem lembrar o rei Midas e o seu inverso, uns dizem que transformamos titica em ouro, outros afirmam que trocamos ouro por titica.

Entre factóides históricos, construímos a ilusão de um país eternamente do futuro, onde pacífico e passivo tornaram-se sinônimos para designar um povo que “ganhou” o direito de falar e votar, mas não o de ser verdadeiramente ouvido e respeitado. Vivemos um interminável faz de conta, nossos políticos mais se assemelham ao Voldemort do Harry Potter do que a qualquer rascunho de heroísmo nacional ou importado. Mudam os nomes na grande ideologia, mas não muda a conveniência pessoal. Trocamos seis por meia dúzia, constatando que esquerda e direita são “farinha do mesmo saco”, oposição e situação não passam de “gatos do mesmo balaio” nessa dependente e subserviente independência globalizada.

Mas não vamos nos reter a fatos meramente históricos, vamos rever fatos mais atuais: Em momento não muito distante, ainda claro em nossas mentes, enchemos as ruas por conta de R$ 0,20 (vinte centavos) em aumento de passagem de ônibus, manifestações por impeachment que não se enquadra em sua lei própria, manifestações por causas impróprias ou apenas convenientes ao desgoverno que impõem por derrota não assumida, aprovando aumentos irracionais, como o reajuste dos servidores do judiciário, aprovado apenas para que a Presidência o vetasse, desgastando-se para possíveis eleições futuras, desgaste este que nos dias mais recentes se fizeram bastante claros, enquanto também aprovaram a triplicação do Fundo Partidário, sabendo da real necessidade do equilíbrio das contas públicas, equilíbrio esse que viria com apenas uma aprovação em nosso congresso, mas que ao invés disso trabalhou muito mais por um descontrole do governo do que como se lhe fosse um fiel associado em favor do bem comum . . .

Vejam: Clodovil Hernandes, estilista, ator, apresentador de televisão e político brasileiro, tornou-se o primeiro homossexual assumido a ser eleito Deputado Federal. Apesar disso, declarava-se contra a parada do orgulho LGBT, contra o casamento gay e contra o movimento homossexual brasileiro.

Independentemente de suas polêmicas e opções sexuais, em 2008 apresentou Proposta de Emenda Constitucional (PEC-280/08), pretendendo reduzir o número de deputados de 513 para 250, mas em que nenhuma Unidade de Federação, poderia ter menos de 4 deputados, nem mais de 35. Hoje, a menor representação tem 8 e a maior 70.

Se esta PEC fosse aprovada o corte de 263 deputados, e dos gastos, só em despesas diretas com parlamentares, seriam economizados cerca de R$ 7.000.000,00 (Sete milhões de reais) por mês àquela época, estimando-se superar R$ 43.000.000,00 (quarenta e três milhões de reais) por mês, incluindo ai as economias indiretas.
Deste tesouro valioso deixado por ele, nossos atuais políticos não nos deixam tomar posse, pois nem apresentam-na em pauta de votação. Aprovar? Como, se eles estariam cortando na própria carne?

Enquanto não pararmos de brigar por vinte centavos, nunca tomaremos posse do verdadeiro tesouro. Enquanto não entendermos que vender nosso patrimônio público, que representa o mesmo que transformarmos ouro em titica, jamais vamos transformar titica e ouro, o que seria facilmente possível se entendêssemos que nossas reservas minerais, que deveríamos manter guardadas exatamente onde estão: na natureza, até que possam ser exploradas naturalmente e por nós mesmo, à medida que elas sejam necessários e requisitadas pelo mercado, desfrutando dos seus reais benefícios à medida que eles fossem sendo auferidos e, paulatinamente sendo aplicados em prol de toda a Nação e assim servir a todos e não a poucos, já fartamente ricos e abastecidos.