Benina Temes

 
registro: 06/07/2010
SUPONHO QUE ME ENTENDER NÃO É UMA QUESTÃO DE INTELIGÊNCIA E SIM DE SENTIR,DE ENTRAR EM CONTATO...OU TOCA,OU NÃO TOCA.
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5 anos 214 dias h

Carpe Diem

As operações matemáticas da vida contrariam as regras da ciência , na vida as operações se contradizem , não respeitam a lógica , na vida nada é simples ou absoluto. As somas muitas vezes se transformam em subtrações , elas parecem estar paralelas mas em sentidos opostos , quando somamos mais um dia àqueles que já vivemos automaticamente também subtraímos um dia daqueles que nos restam para viver , quando multiplicamos nossos sonhos também acabamos dividindo o nosso tempo , com isso a vida acaba se transformando para muitas pessoas em uma equação insolúvel , onde todos estão debruçados tentando obter o resultado final , sendo que na realidade o importante não está no resultado final , mas nas formas como você conseguiu equilibrar estas operações na vida.

O que afinal entendemos por aproveitar o dia presente se vivemos aprisionados entre o passado e o futuro. Vivemos atormentados pelas nossas ações passadas que não podem mais ser alteradas , parecemos expectadores cativos do mesmo velho cinema abandonado onde nas madrugadas frias reprisa filmes de terror contendo somente os melhores momentos de nossos próprios erros e pecados , e ao invés de aprendermos com nossas falhas e arquivá-las , apenas voltamos á bilheteria para comprar um novo bilhete para a próxima sessão .

Ficamos sonhando ansiosos com um futuro que somente existirá se soubermos equacionar adequadamente as nossas ações no presente. A solução para a equação da vida está no momento presente , é o resultado das suas atitudes e decisões agora . Não existe viver ontem ou amanhã , somente o HOJE .

Por isso Carpie diem "Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje. Se tiver que chorar, chore hoje. Pois o importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha." Desconhecido

Carpe diem

Carpe Diem, "aproveite o dia presente", escreveu Horácio, um poeta guerreiro que habitou o vasto império romano, em tempos do principesco Augustus. Sensível como um barômetro, o velho Quintus Horatius Flaccus um dia elevou o olhar aos céus e captou o fluir silencioso das águas do rio tempo. A visão da transitoriedade aflorou na sentença: Carpe Diem, aproveite o dia presente, pois ele é tudo que é dado ao homem usufruir. Passado é história, água corrida que não volta. Futuro é hipótese, probabilidade apenas, incerteza e risco, impalpável demais para ser levada tão a sério.

Carpe Diem, nestas duas palavras latinas, um alerta, um conselho, uma filosofia de vida. Viver é já. Existir é hoje. Nenhum tempo além. Nenhum lugar além. Se tiver de ser, que seja eternamente agora. Ou talvez jamais, porque as águas do rio tempo não voltam - e ainda que voltassem não nos encontrariam, pois não seríamos mais os mesmos. Tudo flui, dizia Heródoto. Tudo muda. A única coisa que permanece é a improcedência. Nada é eterno, pois que tudo é chama, fluxo, incapacidade, escorregar-se, deixar de ser. Carpe Diem. Se tiver de viver, que seja agora.

A advertência de Horácio é sábia. É sobretudo útil. Talvez mais útil ainda nestes tempos sobrecarregados, de cenhos sombrios, estafados na tentativa de construir defesas antecipadas contra difusos perigos de um amanhã improvável. Apólices de seguro na mão, e vamos nós, seguros e inseguros.

Carpe Diem, ouçamos Horácio, que perscrustou uma verdade profunda - e traduziu-a numa norma simples. Viver hoje - fazer hoje. Ser hoje. Sem essa de não poder ser feliz no domingo porque há contas a pagar na segunda. O conflito é amanhã? Deixa pra lá..... Amanhã você pode ser até enforcado, mas até que chegue amanhã, aproveite bem o seu pescoço. Viver no passado é neurótico, é inútil, é um viver virtual.

Carpe Diem, colha seu dia, como quem colhe um fruto maduro, na hora exata. Um descuido e o fruto se perde. "Carpe Diem" quer dizer "colha o dia". Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.